(Foto: Seu Site Gospel)

A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul desde o início do mês mobilizou várias organizações e voluntários na busca por socorro às vítimas. Entre elas, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) tem desempenhado um papel fundamental no atendimento emergencial.

Descrita pelo governo local como “a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul”, a situação já afeta 446 municípios, impactando 2.115.704 pessoas, com 131 desaparecidos e 149 óbitos confirmados até o dia 15 de maio, conforme a Defesa Civil do Estado.

A ADRA, conhecida por suas iniciativas humanitárias, está atuando diretamente em cidades como Igrejinha, São Leopoldo, Canoas, Lajeado, Gravataí, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Rio Grande. A organização tem prestado auxílio às comunidades devastadas através de várias frentes de atuação.

Desde o dia 5 de maio, a Carreta Solidária da ADRA, uma unidade móvel de ajuda humanitária, percorre os municípios mais afetados. Nos últimos dias, esteve em São Leopoldo e Igrejinha, onde 150 voluntários realizaram diversos atendimentos:

– 7.540 refeições quentes distribuídas
– 7.240 quilos de roupas higienizadas
– 2.541 litros de água fornecidos
– 24.715 peças de roupa distribuídas
– 4.408 cestas básicas entregues
– 3.241 kits de higiene distribuídos
– 2.846 kits de limpeza distribuídos
– 587 colchões entregues
– 2.566 calçados distribuídos
– 344 fraldas entregues
– 6.890 peças de enxoval distribuídas
– 152 brinquedos entregues
– 14 quilos de ração para cães distribuídos

Desde o dia 13 de maio, a Carreta Solidária está em Canoas, no Posto Metropolitano 1401, localizado na Avenida Boqueirão – Igara.

Para ampliar o alcance da ajuda, a ADRA lançou uma campanha de doações nas redes sociais, permitindo que pessoas de todo o Brasil contribuam via PIX (sos@adra.org.br). Os recursos arrecadados estão sendo cuidadosamente administrados por uma equipe de especialistas em respostas emergenciais, que avaliam as necessidades mais urgentes nas áreas afetadas.

Em Porto Alegre, a ADRA, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, administra quatro abrigos que acolhem aproximadamente mil pessoas cada. Esses abrigos estão localizados na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UFRGS), no FGTAS Vida Centro Humanístico, no Centro Estadual de Treinamento Esportivo e na Academia Militar da Polícia.

Além disso, em colaboração com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a ADRA gerencia dois abrigos em Novo Hamburgo e Gravataí, oferecendo refúgio para aqueles que perderam suas casas. Com o apoio do UNICEF, a ADRA também está envolvida na avaliação de 160 abrigos emergenciais em Porto Alegre e na possível criação de dez espaços seguros para crianças.

A situação nas cidades afetadas é complexa, e a definição de um plano de ajuda imediato é desafiadora. A ADRA, junto com voluntários e outras entidades parceiras, continua a coletar informações e a estruturar a melhor forma de distribuir os recursos financeiros e materiais arrecadados. A dedicação e a solidariedade de todos os envolvidos demonstram que, mesmo diante da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, a esperança e a ajuda humanitária prevalecem.